Morte causada por picada de Aranha Marrom
As Aranhas Marrom, Gênero Loxosceles, são de comportamento pouco agressivo, porém quando comprimidas contra suas vítimas produzem uma picada de consequências graves.
Vivem em frestas de paredes e móveis antigos e são comuns no Sul e Sudeste do Brasil.
Muitas vezes roupas deixadas por muito tempo em casas de veraneio, por exemplo, podem ser utilizadas como habitat da Aranha e quando estas vestimentas são utilizadas ocorre a picada.
O quadro clínico é de uma necrose de aparecimento abrupto, pois a toxina é hemolítica (destrói células do sangue) e proteolítica: causa destruição de tecidos.
A picada inicial pode ser indolor, mas a sensação mais comum descrita pelas vítimas é de dor em “queimação”.
Entre 12 e 24 horas após a picada surge um a placa no local, com inchaço (edema), de coloração roxa ou azulada (cianose), entremeadas por áreas esbranquiçadas ou avermelhadas (isquemia) e por vezes com bolhas ou vesículas (bolhas pequenas); parecendo uma placa de mármore.
O problema é que o “veneno” (a principal toxina é a “esfingomielase”) causa necrose e esta placa se destaca, formando úlceras de bordas elevadas e profundas, muitas vezes extensas e de difícil cicatrização.
O mais comum são transtornos restritos à pele, porém a hemólise (destruição de células sanguíneas), pode levar a insuficiência renal.
TRATAMENTO e prevenção
– nos casos leves sem necrose: acompanhamento dermatológico com uso de drogas tópicas cicatrizantes e eventualmente corticóides
– quando existe necrose, ou hemólise: aplicar soro antiaracnídeo intravenoso
– quando o diagnóstico é tardio (mais de 48 hs) recomenda-se também o uso de Sulfonas
Prevenção: observar vestimentas (sacudir) e calçados antes do uso, especialmente em áreas não urbanas.
Manter sempre a limpeza de móveis, mesmo quando utilizados raramente.
CLINICA TOVO DERMATOLOGIA | DR TOVO LUIS FERNANDO TOVO | 32530319 995331300